quinta-feira, 19 de julho de 2012

segunda-feira, 25 de junho de 2012

EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS


Apresentação
Introdução descritiva de modo sucinto dos conteúdos relacionados à História da África aspectos relacionados entre as culturas e as historias dos povos do continente africano, a história da ancestralidade e religiosidade africana, as lutas pela independência política dos países africanos, a vida e existência cultural e histórica dos africanos e de seus dependentes fora da África, a importância de tais temas para os alunos, para que ao fim da aula os alunos sejam capazes de identificar os temas relacionados à essa área do conhecimento.

Conteúdos:
• Conceitos básicos aos quais nos remete o tema
• Ampliar o foco dos currículos escolares para a diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira
• Incluir no contexto dos estudos as contribuições histórico-culturais dos povos indígenas e dos descendestes asiáticos, além das de raiz africana e européia
• Valorização da oralidade, da corporeidade e da arte (dança, marcas da cultura de raiz africana, escrita e leitura)
• Educação patrimonial, aprendizado a partir do patrimônio cultural afro-brasileiro, visando  preservá-lo e difundi-lo

Objetivos
• Permitir que os alunos compreendam que o ensino de História e de Cultura Afro-Brasileira, se fará por diferentes meios, inclusive com vistas à divulgação e estudo da participação dos africanos e de seus descendentes em episódio da história do Brasil. Destacando a atuação dos negros em diferentes áreas do conhecimento; de atuação profissional, de criação tecnológica e artística e de luta social
• Fazer com que os alunos entendam o reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros, garantia de seus direitos de cidadãos, reconhecimento e igual valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, européias e asiáticas
• Mostrar aos alunos alguns tópicos nessa área de conhecimento

Sugestão Portal do Professor
Estratégias e recursos da aula - Professor essa aula possui um caráter interdisciplinar devido a abrangência e a complexidade da temática tratada, portanto sugerimos o diálogo com as seguintes áreas de saber (Biologia, Sociologia, História, Artes, dentre outras).

Desenvolvimnto da aula:
1º momento: O professor inicia a aula fazendo uma exposição sobre os principais tópicos que serão abordados e a sua importância no contexto geral do tema, em seguida estimula os alunos fazendo-lhes perguntas sobre o que foi explanado.
2º Momento: Exibição do filme - Vista minha pele. 2003. 50 min Joelzito Araújo. Ceert
acesso ao filme por meio do link: http://vids.myspace.com/index.cfm?fuseaction=vids.individual&VideoID=46707362.
3º Explanações dialogadas (professor e aluno) sobre os tópicos relacionados ao tema que considera mais importantes para a compreensão educação das relações étnico-raciais.

4º Momento final: O professor fala sobre a ligação entre os tópicos abordados e explica que o objetivo do ensino da História e de Cultura Afro-Brasileira é promover alteração positiva na realidade vivenciada pela população negra e trilhar rumo a uma sociedade democrática, justa e igualitária.
Avaliação
A avaliação dos alunos será feita em todos os momentos das atividades propostas, sendo considerada a participação nos diálogos e as intervenções com abordagens dentro do assunto estudado em sala.

SITES PARA SEREM VISITADOS PELO PROFESSOR E PELO ALUNO:
Diálogos contra o racismo – www.dialogoscontraoracismo.org.br
http://www.comitepaz.org.br/durban_1.htm
Secretaria Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/seppir/
A Cor da cultura - http://www.acordacultura.org.br/

Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=11949







segunda-feira, 18 de junho de 2012

Conhecer a Literatura Afro-brasileira e Africana

Apresentação
Proporcionar uma reflexão sobre a educação em seus aspectos formais e informais, ao discutir quais seriam os impactos em trabalhar os gêneros textuais nos conteúdos literários afro-brasileiros e africanos no ensino médio, promovendo uma integração com a Literatura afro-brasileira e africana.

Metodologia
Para a produção textual os alunos irão comparar as diversas opções temáticas e estéticas de escritores que tenham se referido aos negros em seus escritos.

12 dicas de literatura afro-brasileira e africana
Menina Bonita do Laço de Fita: Autor: Ana Maria Machado
Luana, A Menina Que Viu O Brasil Neném: Autores: Oswaldo Faustino, Arthur Garcia e Aroldo Macedo
O Menino Marrom: Autor: Ziraldo
Terra Sonâmbula: Autor: Mia Couto
Meu avô um escriba: Autor: Oscar Guille
O Cabelo de Lelê: Autor: Valéria Belém
A varanda Do Frangipani: Autor: Mia Couto
Bia na África: Autor: Ricardo Dregher
Avódesanove e o segredo do soviético: Autor: Ondjaki
Tudo Bem Ser Diferente: Autor: Todd Parr
Diversidade: Autor: Tatiana Belinky

No decorrer das aulas o professor irá estimular a oralidade dos educandos a partir dos autores escolhidos para produção textual, o modo que eles se vêem inseridos no mundo contemporâneo.

Momento importante!
Para socializar as produções além do ambiente escolar professores e alunos irão construir um Blog do projeto, com o objetivo de envolver os alunos de outras unidades escolares através de postagens pertinente com a temática.
As aulas para as produções dos textos, elaboração do blog, pesquisas e análise acontecerá em dois ambientes: sala de aula e laboratório de informática com acompanhamento do professor.


Referências:
http://www.ceao.ufba.br/livrosevideos/pdf/livro2_HistoriadoNegro-Simples04.08.10.pdf
http://educarparacrescer.abril.com.br/blog/biblioteca-basica/2011/03/15/12-dicas-de-literatura-afro-brasileira-e-africana/

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Blog - Conhecimento

Como parte do processo de formação do curso de Mídias Digitais, farei algumas pontuações referente a criação do meu blog como ferramenta de construção do conhecimento.

A cronstrução do blog foi algo fácil devido as minhas leituras de mundo, no mundo virtual percebo que tudo é muito auto-explicativo, ou seja, quando você insere algum comando errado, a máquina não vai para lugar nenhum, ela obriga o sujeito a rever de onde começou e verificar o que é necessário realizar para que o solicitado aconteça, partindo disto torna-se fácil à relação sujeito&máquina.

O blog permite dar continuidade aos estudos e atividades que estavam sendo desenvolvida no espaço presencial, as discursões não ficam limitadas e as criações podem ser inseridas a qualquer momento através de comentários ou complementação de informação, a dinâmica faz parte do processo, onde a cada assunto abordado no ambiente educacional cria-se várias possibilidades de leituras que devem ser inseridas no blog.

Porém para que isto aconteça se faz necessário que os envolvidos no processo sejam ativos nas visitas, comentários e postagens. A ferramenta sendo utilizada de forma transparente, onde o objetivo é a construção do conhecimento funciona como agente transformador, transformador no sentido de tornar o sujeito receptivo ao novo saber (Blog).


sábado, 14 de fevereiro de 2009

África como ensinar?

Entende-se que as urgências no cumprimento da Lei 11645/08 onde se obriga o ensino dos conteúdos históricos africanos no ensino fundamental e médio é a legitimação do erro das metodologias aplicadas no ambiente educacional quando o assunto de objeto do estudo é a África. Quando a temática é voltada aos estudos dos povos negros, a idéia que perpassa é que a África se restringe as guerras, doenças e savana, ou que a África foi descoberta após a obrigatoriedade da Lei 11645/08.
A proposta é que a pesquisa metodológica desconstrua tais práticas pedagógicas e implemente na estrutura curricular das unidades escolares o ensino dos conteúdos africanos de forma verdadeira, os fatos históricos tratados com merecido respeito.
Com base em Wedderbum(2005) nos escritos “Novas Bases para o Ensino da História da África no Brasil” aborda a formação do professor visando a implementação dos conteúdos de forma adequada nas escolas e assim romper com vários obstáculos que a própria pesquisa apresentou e apresenta até os dias atuais.
Desconstruir estereótipos fundamentados por intelectuais faz com a metodologia fique cansativa, por que foram longos anos de história tradicional que mutilou de todas as formas a imagem do negro no ocidente.
Encontra-se dificuldade em apresentar a África como berço da humanidade se o pesquisador não tiver munição para tal afirmação, por que sempre é dito “agora tudo é África”, “tudo vem da África” expressões ditas e ouvidas no ambiente acadêmico para surpresas de muitos.
Como romper com os obstáculos e buscar possibilidades de ensinar os conteúdos africanos de forma coesa e reflexiva? É entendendo o processo de fragmentação que o continente africano passou a roedura de uma nação, o olhar ocidental ditando as formas de conduzir a relação colonizado/colonizador, o negro visto como objeto vítima limitado fundamentando pesquisas de intelectuais como Nina Rodrigues, ou seja, alimentando a linha evolucionista-etnocêntrica.
Enfim muitos obstáculos surgem na construção da pesquisa do continente africano, cabe ao professor ser fiel nas suas construções, que aborda o negro mostrando sua diversidade seja no campo tecnológico, educacional, cultural e humano, não cabe ao educador transcrever idéias que alimentem o processo de negação, espera-se do professor que também é pesquisador respostas, ações, movimentação dentro do universo educacional, que resgate aquilo que foi escondido, neutralizado é o professor/pesquisador fazendo parte do processo histórico, não sendo um simples narrador,e sim um agente transformador, transformador no sentido do respeito ao outro,compreender e romper com paradigmas que impedem a evolução do ensino de um continente antigo com suas riquezas, símbolos, valores e fatos históricos que contribuem de forma intensa na (re)construção da identidade da sociedade num todo.


Referências
WEDDERBURN, Carlos Moore. Novas bases para o ensino de História da África no Brasil. Salvador, 2005

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Você pode reescrever a história

Este ensaio faz parte do meu projeto de intervenção onde é apresentado a possibilidade da integração do ensino de Filosofia e a Literatura afro-brasileira e africana no ensino fundamental, ou seja, tratar de forma reflexiva o reconhecimento da população afro-descendente a valorização de sua história, cultura,identidade, e a invisibilidade do negro na literatura do país.
Ana Vitória Teixeira de Jesus, 08 anos tem cabelos cheios, crespos e trançados, todas as vezes que a mãe a chama para a lavagem da cabeleireira, a pequena chora, canta, dança sempre apresentando alguma dificuldade para a mãe adiar o ritual de desmanchar as tranças e começar a lavagem das madeixas.
A fim de tornar este momento prazeroso Ana Vitória foi chamada de princesa, porém, todos foram surpreendidos com uma resposta direta.
- Gente! Princesa negra não existe! Nem em casa, nem na escola eu nunca vi!
Por alguns minutos fez-se um silêncio constrangedor, onde se buscava responder a altura tal colocação, mas a resposta fugia do imaginário, fugia no sentido de não se ter referências de princesas e rainhas, de heróis e heroínas negras na vivência do povo.
É muito comum a criança negra desejar se parecer com a maioria dos heróis dos contos de fadas europeus, com modelos que aparecem em capas de revistas, com crianças brancas e louras que apresentam através dos veículos de comunicação perfumes, fraldas, sapatos e etc.
De acordo com os doutores em educação uma das saídas para o fim da desigualdade educacional no Brasil é a construção de um modelo concreto, para combater na escola preconceitos e estereótipos enraizados. Segundo os especialistas este modelo ajudará a enfrentar as desigualdades raciais que está tão presente no habitat educacional.
Partindo dos currículos a História e a Cultura Negra tem pouco ou quase nenhum destaque no cenário do país, diferente da cultura ocidental que está a todo tempo sendo lembrada pelos povos e governantes.
“Em Salvador, dos quase 2,5 milhões de habitantes existentes em 2000, 86% assumiram ser negros e mestiços. Bairros como a Liberdade, majoritariamente formado por afros descendentes somaram 600 mil moradores. De acordo com estimativas de 2005 do IBGE, a Bahia é o 15º estado brasileiro mais povoado do Brasil (NELSON LUIS, A TARDE ON LINE 26/08/2007)”.
De forma consciente ou inconsciente tornou-se natural tratar a história do negro apenas na perspectiva da escravidão e aceitar padrões estéticos e culturais de uma suposta superioridade branca.
Segundo dados da INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, a queda sistemática no desempenho dos estudantes da educação básica brasileira atingiu mais a população negra. Observa a evolução dos resultados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) no período de 1995 a 2001, mostra que a média obtida pelos alunos brancos da 4ª série do ensino fundamental em Língua Portuguesa, em 1995, era de 193,4 enquanto dos alunos negros era 173,8.
Como parte do processo para o fim da desigualdade foi criada a Lei 10.639 que busca ampliar a discussão e os projetos pedagógicos que privilegiam a igualdade racial.
A Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - SEPPIR demonstra na cartilha criada pelo Governo Federal:
“O Decreto nº 1.331, de 17 de fevereiro de 1854, estabelecia que nas escolas públicas do país não seriam admitidos escravos, e a previsão de instrução para adultos negros dependia da disponibilidade de professores. O Decreto nº 7.031-A, de 6 de setembro de 1878, estabelecia que os negros só podiam estudar no período noturno e diversas estratégias foram montadas no sentido de impedir o acesso pleno dessa população aos bancos escolares”. (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicos-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana p.09).
LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008.
Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
OPRESIDENTEDAREPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o O art. 26-A da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.
§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.
§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.” (NR)
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 10 de março de 2008; 187o da Independência e 120o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Fernando Haddad

Vale ressaltar que cumprir a Lei é, pois, responsabilidade de todos e não apenas do professor em sala de aula. Exige-se um compromisso solidário dos vários elos do sistema de ensino brasileiro.
É possível concluir que crianças negras como Ana Vitória, enfrentam muitos obstáculos nas escolas, lembrando que é nas instituições de ensino que as crianças geralmente descobrem o que é preconceito...violência simbólica. Segundo Pierre Bourdieu “temos a atitude professoral, a qual pressupõe o uso legitimado de estratégias punitivas em relação aos alunos (como reprovações, apelidos, castigos etc...) que não se enquadram nos moldes sociais da instituição escolar”..
Parabéns Ana Vitória por ser tão transparente ao responder de forma objetiva a falta de referências negras em sua vivência.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Ao me auto-avaliar

Tempo, preciso de tempo para construções baseadas em leituras, necessito do ócio construtivo para minha mente absorver os debates, as explanações, aquele comentário que desperta outra forma de entender o objeto estudado.
Textos criados nas madrugadas, necessitando de um olhar mais apurado, no entanto o tempo não o permite vem o cansaço e as leituras as construções escorrem entre meus dedos.
Penso que poderia ter feito postagens melhores para a disciplina "Educação e Contemporaneidade, que causasse gosto de fato, mais também percebo que todas as construções postadas foram feitas com compromisso e respeito pela profissional que é Josely e respeito pelos colegas de turma profissionais como eu que precisam de tempo/ócio para suas construções.
Ao me auto-avaliar, percebo minhas falhas.
Ao me auto-avaliar, percebo meus pontos fortes.
Ao me auto-avaliar, aprendo a buscar novos caminhos para a minha realização.
Ao me auto-avaliar, aprendo a me auto-conhecer.
Ao me auto-avaliar, tenho o estímulo para a busca de novos conhecimentos.
Ao me auto-avaliar, tenho momentos de satisfação.
Ao me auto-avaliar, fortaleço a relação aluna/professora.

Nesta peregrinação em que troco por enquanto só olhares com a Srª Educação, tendo como aliado o blog alimentando meu amor com o Sr Conhecimento, que com certeza nas atividades docentes, fundamentará minha reflexão no futuro próximo do “meu fazer pedagógico”.

"A educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele" (Entre o Passado e o Futuro, Hannah Arendt)